imagesCAFLSCQMO Pequeno Pajé é uma organização paralela com as atividades dos Templos do Amanhecer, e destina-se a ambientar as crianças com a atividade mediúnica... sem praticar o mediunismo. O Pequeno Pajé se incumbe de satisfazer as necessidades psicológicas - as crianças brincam, cantam, recebem passes e são tratadas pelos Mentores Espirituais - - isto sem falar em mediunidade, espiritismo ou religião. Ponto de partida natural que favoreça o caminhar de encontro a si mesmo, sem superstições e sem falsos preconceitos... O texto acima foi extraído do Livro "O Pequeno Pajé" - 1ª edição (1991).!”

Parábolas são pequenas histórias que Jesus contava, tendo como personagens as coisas e as pessoas da época: pescadores, trigo, mar, uvas, pastores, festas da época. Jesus contava histórias porque, além de facilitar o entendimento dos seus ensinamentos, são fáceis de lembrar e de contar aos outros.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Piratas da Aldeia Encantada

  

Caro Médium:


Neste número apresentamos a você uma história diferente: a do Pequeno Pajé. Ele foi feito para as crianças do Vale do Amanhecer, principalmente os filhos dos Médiuns.

Essa história poderia chamar-se também “O Pirata da Aldeia Encantada” ou “Em busca da Aldeia Encantada”. Preferimos esse nome porque as crianças do Vale já se acostumaram com o Pequeno Pajé.

O Pequeno Pajé do Vale do Amanhecer é uma pequena organização, que funciona paralela com as atividades do Templo do Amanhecer. Destina-se ele a ambientar as crianças, até os 14 anos, com a atividade Mediúnica.


Até essa idade as crianças se familiarizam com a Mediunidade, sem praticar o Mediunismo. O Pequeno Pajé se incumbe de satisfazer as necessidades psicológicas, ao mesmo tempo que afasta suas mentes do Espiritismo, do fenômeno Mediúnico, principalmente em seus aspectos angustiados.
As crianças cantam, brincam, recebem Passes, são tratadas pelos Mentores Espirituais, tudo sem falar em Mediunidade, Espiritismo ou Religião.


Essa atitude se fundamenta no conhecimento da fisiologia da Mediunidade. A Energia Mediúnica é produzida na intimidade dos ossos, na medula, no “tutano”. Desde a formação do feto humano, até mais ou menos 7 anos de idade, essa energia se dilui no organismo, de tal maneira que toda criança é um “Médium natural”.


Esse fenômeno varia de criança para criança, dependendo de fatores complexos que circundam cada uma, mas de um modo geral, todas “vêem”, “escutam”, “tocam” o Mundo Invisível. As crianças “se comunicam” tão naturalmente com o Mundo Invisível como com o Mundo Físico, na proporção inversa das idades. Os sentidos vão se desenvolvendo e se firmando e, nessa proporção vão diminuindo as percepções do Mundo Invisível até desaparecerem quase por completo na faixa dos 7 anos.


Por isso, quando a gente vê um grupinho de crianças brincando de “casinha” ou coisa parecida, a gente deve levar tão a sério como elas levam. No meio da brincadeira existem personagens que nós não vemos, mas que as crianças vêem... Também quando nosso filhinho estiver brincando sozinho e estiver falando “com alguém”, respeite seus amigos e finja que está vendo...


Esse fenômeno é muito mais intenso quando os Médiuns da casa, a mãe, o pai ou outros adultos que morem na mesma casa, não são Médiuns desenvolvidos e a carga recai mais sobre as crianças.
A pior coisa que se pode fazer numa circunstância dessas é achar engraçado e incentivar atitudes Espíritas nas crianças. Diante de um fenômeno tão simples quanto esse os pais costumam achar que seus filhos são “geniosinhos” e os fazem exibir-se para os amigos...


Dos 7 anos aos 14 o fenômeno toma uma direção diferente. A partir dos 7 anos a criança começa a esticar, a crescer, principalmente o esqueleto, os ossos. O gasto de energia é tanto (a mesma energia que falamos acima), que o fenômeno se inverte: o adolescente perde a noção da realidade, perde a segurança do Mundo Invisível e começa a depender de sua imaginação. Ele começa a depender tanto dos sentidos físicos que os exagera. A voz luta por se firmar, os olhos começam a depender mais dos contornos físicos e da iluminação ambiente e ele não sabe o que fazer com as mãos.


Os adultos não devem confundir essa luta pela afirmação psicofísica com o fenômeno Mediúnico do Espiritismo. Se isso acontece e o adolescente for levado ao Trabalho Mediúnico, há muitas possibilidades da deformação de sua personalidade e até mesmo de seu corpo.


O que dissemos até agora é o suficiente para explicar as razões do Pequeno Pajé do Vale do Amanhecer, as razões que poderiam ser chamadas de “negativas”.


Mas, perguntarão as pessoas que nos lêem, e a Religião? Uma criança deve ser criada sem Religião?
Sim, responderemos nós, é lógico que as crianças devem ter uma Religião. Mas essa Religião deve ser natural, tão lógica que ela não tenha que abandona-la tão pronto se sinta adulta...


É disso que nossa Pequena História de hoje procura nos dar um exemplo.
Todo adulto sonha com uma “Aldeia Encantada”.
Todos buscamos algo em que possamos confiar e agir.
Essa é a “nossa” Religião, um aspecto particular e único da nossa formação multidimensional, a necessidade de relacionamento com outros Planos de nosso universo particular, a busca do “nosso” Deus...


É mais honesto que os Missionários facilitem esse mecanismo do que fornecerem às crianças uma religião particular, sob medida de nossos interesses, mas inadequada àquela criança, àquele Ser único e inigualável. Procedendo assim, tanto os pais como os Sacerdotes apenas vão garantir àquele Ser a angústia de ter que se libertar, quando se tornarem adultos e perceberem o logro...

Fonte: Pequenas Histórias - Tia Neiva

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