Na loja de brinquedos, parei em frente à vitrine: eu sempre quis ter uma pistolinha d'água!
Tive o cuidado de olhar o preço. Fiquei super contente! Não era um brinquedo caro. Tive certeza de que meus pais poderiam comprá-lo para mim...
Para minha surpresa, minha mãe não quis me dar a pistola d'água. E nem meu pai.
- Mas por que não? É bem baratinho...
- Realmente, é barato. - meu pai sorriu.- Mas nós não vamos comprar uma arma para você!
- Mas não é uma arma, pai! É uma pistola d´água, pai! Só atira água! E é de plástico!
Então nós sentamos para conversar.
A gente acha feio e triste quando vê guerras, assaltos, assassinatos. Mas acha tão normal que as crianças brinquem com espadas, metralhadoras, revólveres, bodoques...
Acha normal videogame de luta, onde quem mata mais pessoas vence o jogo. Também são muito comuns, na televisão, programas “infantis” com desenhos e filmes violentos, sobre guerras contra monstros e outros inimigos...
Os próprios adultos incentivam a violência: são eles que criam os brinquedos de guerra, fazem os filmes e os jogos agressivos.
Os brinquedos sempre passam uma mensagem, ensinam algo. Quando brincamos, estamos “ensaiando” para a vida real: brincando de roda aprendemos a dar as mãos, brincando com armas, aprendemos a violência.
Comecei a pensar. Não gosto de brigas, de guerra, de violência... Quero viver em um mundo feliz, onde as pessoas se ajudem umas as outras, convivendo em paz. Para isso, uma arma de brinquedo, não iria me ajudar em nada! Há tantas coisas melhores para brincar...
Então fiquei feliz, por meus pais me ensinarem a paz. Hoje escolho os programas que assisto na televisão, analiso as brincadeiras com meus amigos: nós resolvemos que, para o mundo ser melhor, nós vamos brincar de paz.
Letícia Müller
Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita
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