imagesCAFLSCQMO Pequeno Pajé é uma organização paralela com as atividades dos Templos do Amanhecer, e destina-se a ambientar as crianças com a atividade mediúnica... sem praticar o mediunismo. O Pequeno Pajé se incumbe de satisfazer as necessidades psicológicas - as crianças brincam, cantam, recebem passes e são tratadas pelos Mentores Espirituais - - isto sem falar em mediunidade, espiritismo ou religião. Ponto de partida natural que favoreça o caminhar de encontro a si mesmo, sem superstições e sem falsos preconceitos... O texto acima foi extraído do Livro "O Pequeno Pajé" - 1ª edição (1991).!”

Parábolas são pequenas histórias que Jesus contava, tendo como personagens as coisas e as pessoas da época: pescadores, trigo, mar, uvas, pastores, festas da época. Jesus contava histórias porque, além de facilitar o entendimento dos seus ensinamentos, são fáceis de lembrar e de contar aos outros.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O Esquilo Ambicioso

Certa vez um esquilo encontrou um buraco existente no tronco de uma árvore grande e forte.

Era o abrigo ideal para o pequeno esquilo viver. Muito satisfeito da vida, mudou-se para lá.

A árvore passou a protegê-lo do vento, da chuva, do frio e dos animais selvagens, que sempre representavam um perigo.

Contente, o esquilo passou a pensar em arrumar sua casa. Como a considerasse muito pequena, desejou aumentá-la.

Com seus dentes fortes e afiados, começou a roer as paredes para aumentar sua casa. Sonhava em ter uma família e precisaria de espaço para a esposa e os filhinhos que viriam.

Assim, ele aumentou o buraco fazendo mais um quarto, uma sala onde pudessem comer e um depósito para guardar as nozes que encontrasse. O inverno costumava ser rigoroso e era preciso armazenar o alimento de modo a não passarem fome.

O esquilo arrumou sua casa com muito amor, enfeitando e limpando para esperar a chegada da família.

Como não estava satisfeito com o que tinha, desejando sempre mais, foi aumentando a casa e fazendo novos cômodos.

Os outros moradores da árvore, passarinhos, insetos e pequenos animais, reclamaram:

— Esquilo, você está destruindo a nossa casa! A nossa amiga árvore está ficando fraca.

Ao que ele retrucava, indiferente:
— Vocês estão enganados. A árvore é forte e tem raízes robustas.
Certo dia, já no início do inverno, ele tinha saído para arrumar comida e demorou algumas horas.

Ao voltar, teve uma grande surpresa. Olhou de longe para admirar a sua linda casa e estranhou:
— Onde está a minha casa, a árvore frondosa e amiga?...

Assustado, não podia acreditar no que seus olhos viam: A árvore, que era tão forte, tão firme, estava caída no chão! Como desabara daquele jeito?

Tentando encontrar a razão daquele desastre, o esquilo chegou mais perto para ver o que havia acontecido, e notou que ele, sem perceber, havia-lhe roído as raízes, fazendo com que elas perdessem a força, com o imenso buraco que se fizera dentro do tronco da árvore.

O esquilo percebeu então, tarde demais, que ele próprio havia sido o responsável pela queda da árvore. Que, na sua ambição desmedida, havia destruído as condições da moradia que o Senhor concedera, não apenas a ele, mas também a todos os outros seres que a habitavam.

Bastaria que se tivesse contentado com o pouco que lhe tinha sido dado, para que ele pudesse ali viver longos anos em paz e segurança. Contudo, o desejo de ter sempre mais, fizera com que destruísse seu lar e o lar dos passarinhos, dos pequenos animais e dos insetos que ali viviam.

Agora, decepcionado e triste, o esquilo lamentava o erro que cometera. Estavam no início do inverno e era preciso procurar outro abrigo, se não quisesse ficar ao relento e exposto às intempéries.

Porém, ele tinha confiança em Deus. Sabia que, como havia encontrado aquele buraco, encontraria outro. Era preciso não desanimar e aprender com os próprios erros.

Então, humildemente, ele dirigiu-se aos companheiros de infortúnio que ali estavam, tristes, e lhes disse:
— Peço-lhes perdão. Cometi um grande erro e agora todos nós estamos sem um lar. Mas, não podemos desanimar. Prometo-lhes que encontraremos uma outra árvore para morar. Confiem em Deus!

As aves, os animaizinhos e os insetos ficaram mais animados, sentindo uma nova esperança brotar em seus corações.

E o esquilo, daquele dia em diante, nunca mais cometeria o mesmo erro, aceitando e adaptando-se às condições de vida que Deus lhe oferecesse.

Fonte: Célia Xavier Camargo - Revista Semanal de Divulgação Espírita

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